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Citalopram: risco de prolongamento dose-dependente do intervalo QT.

Citalopram: risco de prolongamento dose-dependente do intervalo QT.

 08/02/13

 

A agência norte-americana, Food and Drug Administration (FDA) emitiu, em 2012, um comunicado sobre ritmos cardíacos anormais associados a altas doses de citalopram, além de avaliar um estudo realizado sobre os efeitos das doses de 20mg e 60 mg de citalopram no intervalo QT de adultos. Esses estudos mostram que citalopram causa um prolongamento dose dependente do intervalo QT, significativamente com uma dose diária de 60 mg, não demonstrando nenhuma eficácia adicional do citalopram com uma dose de 60mg/dia em comparação com 40mg/dia.

O citalopram é um antidepressivo pertencente à classe dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), aumentando a quantidade de serotonina, uma substância natural do cérebro que ajuda a manter o equilíbrio mental.

No Brasil, há vários medicamentos (similares e genéricos) registrados à base de citalopram.

Diante desse cenário e considerando as Cartas aos Profissionais de Saúde já publicadas por algumas empresas, a Anvisa informa que solicitou a todos os detentores de registro de medicamentos à base de citalopram que façam alteração na bula de seus medicamentos com relação às novas advertências sobre o potencial de prolongamento do intervalo QT, além de novas doses e recomendações para o uso do medicamento.

Por fim, a Anvisa esclarece que, até o momento, não houve geração de sinal de risco sanitário no banco de dados do sistema de notificação da Agência e informa que continua a monitorar a segurança de medicamentos. Nesse sentido, solicita aos profissionais de saúde que notifiquem especialmente as suspeitas de reações adversas graves pelo sistema NOTIVISA.

 

Referências consultadas:

1) FDA – Drug and Food Administration. Disponível em: http://www.fda.gov/Drugs/DrugSafety/ucm298752.htm Acesso em: 07/02/2013. 2) Informe SNVS/Anvisa/Nuvig/GFARM nº 09, de 5 de outubro de 2011. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/farmacovigilancia/informes2011/