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Encontro proporciona ricas discussões

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Encontro proporciona ricas discussões

Por: ASCOM
Publicado: 02/01/2009 02:00
Última Modificação: 25/06/2015 11:15
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Terminou nesta sexta-feira (02), em Salvador (BA) o I Encontro Nacional de Vigilância Sanitária em Serviços de Saúde (Enaviss). O encontro proporcionou discussões sobre assuntos ligados às atividades desenvolvidas por clínicas, hospitais, instituições de internação, laboratórios e outros prestadores de serviços de interesse na área da saúde.

O gerente geral de Tecnologia em Serviços de Saúde da Anvisa, Heder Murari Borba, anunciou durante o encontro que a Agência está construindo critérios próprios, que considerem as especificidades nacionais, para que se tenha uma definição e o correto enquadramento da infecção  

hospitalar no Brasil. “O objetivo é estabelecer um parâmetro para que o país possa produzir dados confiáveis acerca das infecções hospitalares”, explica Murari. Ainda segundo ele, está em estudo um sistema de informação que possa receber e compilar os dados de forma eficiente.

Leia Também: Resistência microbiana é tema de debate no Enaviss

O médico e técnico da agência, Luis Carlos da Fonseca e Silva, conduziu um curso sobre o gerenciamento de resíduos nos serviços de saúde. Ele falou sobre a classificação dos resíduos, o transporte, o tratamento e a destinação final. “Não adianta o hospital segregar o resíduo, tratá-lo e contratar uma transportadora licenciada sem pensar na destinação final, ou seja, para onde esse resíduo vai depois”, lembrou.

Luis Carlos explicou aos participantes sobre a chamada Química verde, que consiste em tentar reduzir a emissão de resíduos na fonte e evitar o uso de substâncias tóxicas ou bioacumulativas, levando também em consideração a prevenção da poluição e o uso de tecnologias limpas.

A avaliação de novas tecnologias foi outro tema abordado. Para a professora do Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da USP, Maria Clara Padoveze, é extremamente importante que o profissional de saúde oriente o setor de compras de uma instituição. “É preciso ser efetivo, ou seja, avaliar se uma nova tecnologia traz realmente ganhos importantes para o paciente em relação a outras já existentes”, ressalta a professora.

Cirurgias Seguras

Tema que vem se tornando uma exigência não só dos órgãos reguladores em saúde, mas da sociedade como um todo, a cirurgia segura foi abordada pelo Dr. Edmundo Ferraz, chefe do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC).

A cada ano, em todo o mundo, 234 milhões de pessoas são submetidas a cirurgias. Dados apresentados pelo cirurgião revelam que entre 1 milhão e 2 milhões de pessoas morrem por ano durante ou imediatamente após um procedimento cirúrgico. As complicações ocorrem em 7 milhões de pessoas e em 50% dos casos, elas são evitáveis.

“ Protocolos pré-estabelecidos, comissões de controle de infecção hospitalar eficientes, mudanças no treinamento dos médicos e a educação da própria comunidade são fatores essenciais para se evitar essas ocorrências”, defende o cirurgião.

No Brasil, a Anvisa está trabalhando para implantar rotinas que aumentem a segurança das cirurgias. A checagem das informações clínicas da pessoa, do órgão a ser operado e dos equipamentos médicos disponíveis pode fazer a diferença entre o sucesso de uma cirurgia e o início de uma série de complicações para o paciente.

A resistência microbiana aos antibióticos, os cuidados necessários a se observar nos procedimentos de diálise e preparação de nutrição parenteral, os controles interno e externo de qualidade em laboratórios e a Influenza A (H1N1) também foram discutidos durante o evento.


ASCOM/ Assessoria de Imprensa da Anvisa