Guia sanitário
A edição de 2010 do guia sanitário é a terceira desde 1967 e seu texto foi colocado em consulta pública recentemente pela OMS. O guia traz diretrizes, indicadores de como se medir resultados, além de informações sobre o manejo de eventos relacionados à Influenza A (H1N1) a bordo, sobre as inspeções e sobre a emissão dos certificados sanitários de embarcações.
As inspeções ocorrem quando a embarcação possui uma situação de emergência a bordo ou requer um novo certificado sanitário, podendo ainda ser uma reinspeção ou uma inspeção de verificação (inspeção surpresa). “A inspeção não começa dentro da embarcação, mas muito antes dela chegar; o trabalho se inicia ao se planejar as etapas da inspeção, o material que será necessário”, explica Daniel Menucci.
As condições e a temperatura de armazenamento dos alimentos, o uso de utensílios impermeáveis e resistentes, a inexistência de pisos que dificultem a limpeza da cozinha são alguns dos pontos observados em todo o processo de alimentação realizado nas embarcações durante uma inspeção. Também são inspecionados o sistema de produção, tratamento e distribuição de água potável e o sistema de climatização. “O hospital de bordo deve ter localização acessível para que o paciente chegue a ele de forma rápida”, esclarece o técnico da Anvisa Júlio Colpo. Além disso, é recomendável que os medicamentos fiquem em armário protegido e sigam uma ordem de classificação. É necessário ainda, que a embarcação mantenha um sistema de registro dos atendimentos realizados.
Durante o evento, os diversos países expuseram suas experiências com a realização de inspeções em embarcações. A representante do Peru, Maria Del Carmen Marial, afirmou que “o Peru tem muito a aprender com o Brasil, país que tem grande experiência em portos”