Novas tecnologias de alimentos em debate
Com a correria do dia a dia e o tempo cada vez mais curto dedicado às refeições, é possível manter uma alimentação saudável? Esse foi um dos assuntos abordados nessa terça-feira (6), no Anvisa Debate. O encontro teve como tema os desafios relacionados às novas tecnologias de alimentos.
Para a pesquisadora em alimentos da Unicamp, Gláucia Pastore, a grande revolução alimentar ocorrida nos últimos dez anos é ocasionada pela descoberta de que certos nutrientes podem interferir no genoma humano. Uma alimentação adequada pode, por exemplo, inibir o aparecimento de certas doenças genéticas.
“O consumidor está mais bem informado. Por isso, o grande desafio das empresas é usar as novas tecnologias para produzir alimentos industrializados saudáveis”, ressaltou a pesquisadora. “É preciso conciliar a produção desses produtos às necessidades da sociedade contemporânea”, completou.
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Alimentícias (Abia), Edmundo Klotz, compartilha da mesma opinião. “O Brasil é o segundo maior produtor de alimentos do mundo e um grande exportador. O objetivo do desenvolvimento de novas tecnologias, além de prolongar a vida dos alimentos, é atender as exigências de qualidade do próprio mercado”, disse.
Já o presidente do Fórum Nacional de Entidades Civis de Defesa do Consumidor, Sezifredo Paz, enfatizou a importância da participação dos cidadãos nas decisões sobre as novas tecnologias. “Uma inovação que está em pauta atualmente é a nanotecnologia, e a sociedade deve participar das discussões sobre o uso desse método para a obtenção de alimentos mais saudáveis”, explicou. Para Sezifredo Paz, o consumidor deve exercer o seu poder de exigir produtos adequados tanto da indústria como dos órgãos reguladores.
A gerente de qualificação técnica da Anvisa, Diana Carmen, destacou o papel da Anvisa nesse processo. “Nossa função é estabelecer níveis de segurança para o consumo de alimentos e a exposição a essas novas tecnologias”, afirmou. Ela ressaltou ainda a necessidade de aprimorar constantemente a regulação. “Atualmente, a Agência está muito focada na análise do registro desses produtos, mas precisamos desenvolver outras formas de regulação, focadas também no pós-mercado”, afirmou..
ASCOM/ Assessoria de Imprensa da Anvisa