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Publicado relatório de produção dos bancos de tecidos

BALANÇO 2019

Publicado relatório de produção dos bancos de tecidos

Documento apresenta dados inéditos, referentes ao ano de 2019, sobre os bancos de tecidos. Indicadores são fundamentais para o monitoramento do setor.
Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 23/06/2020 16:41
Última Modificação: 23/06/2020 16:54

Já está disponível para consulta o Relatório de Avaliação dos Dados de Produção dos Bancos de Tecidos de 2019. O documento, que reúne informações sobre a produção dos bancos de tecidos em funcionamento no país, tem como objetivo informar à sociedade e ao setor regulado os indicadores utilizados pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) para o monitoramento dos respectivos estabelecimentos. 

Esta edição do relatório contém informações sobre 46 bancos de tecidos oculares, seis bancos de tecidos musculoesqueléticos e quatro bancos de pele, além de apresentar os dados do único banco de tecidos cardiovasculares, localizado na região Sul do país. As informações foram envidas à Anvisa por 92% dos bancos de tecidos oculares que estavam em funcionamento no ano passado e por todos os demais tipos de bancos. 

Os bancos de tecidos são estabelecimentos que realizam a triagem clínica, social, física e laboratorial dos doadores, a retirada, a identificação, o transporte, o processamento, o armazenamento e a disponibilização dos tecidos humanos, de modo a garantir a sua qualidade e a sua segurança. 

Bancos de tecidos oculares 

Os dados de 2019 mostram uma queda no número de doadores e, consequentemente, de tecidos oculares obtidos, preservados, descartados e disponibilizados para uso quando comparados a 2018. Isso, no entanto, pode ser devido ao fato de que nem todos os bancos em funcionamento enviaram seus dados de produção à Anvisa. 

Os bancos cujos dados fazem parte do relatório estão presentes em todas as regiões brasileiras: 16 no Sudeste (35%), 13 no Sul (28%), nove no Nordeste (20%), cinco no Centro-Oeste (11%) e três no Norte (6%). 

Para se ter uma ideia do volume alcançado, foram 15.729 doadores e 27.998 globos oculares obtidos, com 26.707 córneas. Dessas, foram disponibilizadas 17.549 córneas para transplante. 

É importante esclarecer que, após a avaliação de qualidade pelos bancos, alguns tecidos são desqualificados por não estarem aptos para uso em transplantes. Se for levada em consideração a quantidade de tecidos descartados (globos oculares e córneas) em relação ao total de tecidos obtidos, o percentual de desqualificação é de 45%. Os principais motivos para desqualificação foram: achados na microscopia que inviabilizam o uso do tecido, presença de contraindicações na triagem clínica e social do doador (por exemplo, histórico de doenças) e sorologia reagente para hepatite B.  

Bancos de tecidos musculoesqueléticos 

Em 2019, houve um aumento de 10% na quantidade de doadores de tecidos musculoesqueléticos, comparado a 2018. Foram obtidas 1.379 peças de tecidos musculoesqueléticos (tecido ósseo, tendão, fáscia e cartilagem, inteiros ou em pedaços, retirados do doador), transformadas em 13.782 unidades após o processamento. Dessas unidades, 83% foram fornecidas para o uso na área de odontologia e 17% para ortopedia. 

Também conhecidos como bancos de ossos, esses estabelecimentos estão concentrados nas regiões Sudeste e Sul do país. 

Bancos de pele 

Os bancos de pele registraram, em 2019, um aumento de 51% na quantidade de doadores, comparado ao ano anterior. A quantidade de pele disponibilizada para uso também teve um incremento considerável: quase o dobro de 2018. Quantidades de pele foram desqualificadas por microbiologia positiva, mas alguns bancos contam com protocolos para esterilização, o que possibilita o uso desses tecidos. 

Banco de tecidos cardiovasculares 

A fonte do banco de tecidos cardiovasculares é o coração que, após ser captado, é levado para o processamento, etapa em que são obtidos os tecidos cardiovasculares. Foram captados, no ano passado, 205 corações, sendo que 15% deles foram desqualificados, entre outras razões devido a contraindicações na triagem clínica, social e física do doador, problemas com a amostra sanguínea e falta de insumos. Um total de 189 tecidos foi disponibilizado para uso, dos quais 154 foram transplantados, ou seja, um aproveitamento correspondente a 81%.  

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