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Risco e registro de agrotóxicos são debatidos em Recife

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Risco e registro de agrotóxicos são debatidos em Recife

Por: ASCOM
Publicado: 04/12/2008 02:00
Última Modificação: 25/06/2015 11:02
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Quais as informações que um cidadão deve ter sobre intoxicação por ingestão de agrotóxicos? Esse foi o foco de uma das palestras do representante da agência norte-americana de proteção ambiental, Environmental Protection Agency (EPA), Michael Metzger. Ele participa do III Simpósio Brasileiro sobre Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, que termina nesta quinta-feira (4), em Recife (PE).

“O público tem que saber sobre os riscos de acordo com o tempo de exposição e se a substância pode se transformar em algo pior se for metabolizada”, afirma. Por isso, Metzger ressalta que os agrotóxicos e pesticidas devem passar por diversas análises de eficácia e segurança de uso.

Essas análises são requisitos essenciais para o registro de defensivos agrícolas no Brasil. A fiscal do Ministério da Agricultura Letícia Altafin destaca que o produto só pode ser utilizado no país se tiver registro. “O registro é concedido após análises da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, do Ibama e do Ministério da Agricultura”, descreve.

No entanto, ela revela que existem poucos pedidos de registro para produtos voltados para culturas pequenas, como frutas e verduras. “Um exemplo é a cultura para biodiesel. Babaçu, mamona e dendê não possuem agrotóxicos específicos”, argumenta.

O incentivo ao desenvolvimento e registro desses agrotóxicos foi destacado pelo vice-presidente do Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag), José Roberto Da Ros. Segundo ele, plantações como a de nabo, mamão e goiaba não possuíam defensivos. Mas, de acordo com Da Ros, a situação está mudando. “Isso mostra que a indústria, apesar de ter pouco retorno econômico, tem procurado auxiliar a população”, conclui.

Para o diretor da Anvisa, José Agenor, o mercado necessita de regulação. Segundo Agenor, a recente crise da economia mundial revelou que diversos setores produtivos, muitas vezes, não se preocupam com o consumidor. Para ele, os dados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), desenvolvido pela Agência, confirmam isso. “Os levantamentos obtidos pelo programa indicam que muita gente que foi radicalmente contra o PARA não tinha nenhuma responsabilidade com o que a população come”, explicou.

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ASCOM/ Assessoria de Imprensa da Anvisa