“Não deixe o tabaco tirar seu fôlego” e “Escolha a saúde, não o tabaco”. Essas foram as frases escolhidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), este ano, para a campanha do Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado em 31 de maio.

O tema da campanha, que deve ser disseminado internacionalmente, é “Tabaco e saúde pulmonar”. O objetivo é aumentar a conscientização da população sobre o impacto negativo que o uso do tabaco e a exposição ao fumo passivo exercem sobre a saúde pulmonar, do câncer de pulmão às doenças respiratórias crônicas, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (que inclui bronquite e enfisema).

Além disso, a iniciativa pretende divulgar que o uso do tabaco, em qualquer uma de suas formas, é responsável por até 90% de todos os tipos de câncer de pulmão. Outro ponto a ser trabalhado pela campanha é o papel fundamental que os pulmões desempenham na saúde e no bem-estar de todas as pessoas.

A gerente geral de Registro e Fiscalização de Produtos Fumígenos (derivados ou não do Tabaco) da Anvisa, Patrícia Branco, alerta para a importância do fortalecimento dos esforços do Brasil para combater o tabagismo. “As políticas públicas brasileiras de enfrentamento dessa epidemia mundial, que é o tabagismo, foram fundamentais para que a prevalência do número de fumantes caísse de 36% da população, na década de 80, para 10% da população. Entretanto, é preciso estarmos alertas, pois o número absoluto de fumantes, no Brasil, voltou a crescer, especialmente, entre as mulheres”, afirma.

Veja aqui o cartaz da campanha da OMS para o Dia Mundial Sem Tabaco.

Anvisa

As ações da Anvisa para o controle do tabaco têm o objetivo de proteger a saúde da população, atual e futura, dos graves malefícios causados pelo consumo de produtos derivados do tabaco e pela exposição à fumaça por estes gerada, por meio da regulamentação, do controle e da fiscalização desses produtos e de sua propaganda.

Os objetivos específicos dessas ações são controlar as diferentes formas de propagação dos produtos, principalmente aquelas destinadas aos mais jovens, reduzir a exposição da população aos componentes tóxicos presentes na fumaça gerada pelo tabaco e diminuir o uso de produtos derivados do tabaco.

Dados

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 428 pessoas morrem por dia no Brasil devido à dependência da nicotina. Estima-se que R$ 56,9 bilhões são gastos a cada ano em virtude de despesas médicas e redução da produtividade, e 156.216 mortes anuais – principalmente devido ao câncer – poderiam ser evitadas.

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