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Medicamentos isentos de prescrição: orientações sobre cuidados a serem adotados no tratamento dos sintomas da gripe.

Medicamentos isentos de prescrição: orientações sobre cuidados a serem adotados no tratamento dos sintomas da gripe

25/08/09

 

Os medicamentos a base de ácido acetilsalicílico, paracetamol, dipirona e os antiinflamatórios não esteroidais (AINE), bem como as diversas associações medicamentosas dessas substâncias com analgésicos não narcóticos, anti-histamínicos e descongestionantes nasais, entre outros produtos registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, são frequentemente utilizados para o tratamento dos sintomas da gripe ou influenza.

A utilização desses medicamentos que atuam sobre sintomas decorrentes de gripes deve servir para o seu alívio e oferta de maior conforto durante a evolução da infecção. O uso de medicamentos nessas situações não deve provocar piora do quadro relacionado à doença e pode ser útil e necessário em muitos casos.

A maioria dos medicamentos enquadrados na situação de risco acima definida são de venda isenta de prescrição médica, ou seja, podem ser adquiridos sem a necessidade da prescrição de um profissional de saúde e são passíveis de propaganda dirigida ao público em geral. Essa condição favorece a prática da automedicação, agregando riscos adicionais em situações sanitárias, como a vivida atualmente com a circulação do vírus H1N1.

Esses riscos relacionam-se ao possível retardamento da procura por um serviço de saúde em decorrência da supressão de sintomas cuja magnitude e frequência podem orientar a conduta clínica dos profissionais de saúde em relação ao diagnóstico preciso e ao tratamento adequado, além de permitir a transmissão do vírus em situações onde haveria necessidade de isolamento do paciente.

 

Além disso, em casos suspeitos ou confirmados de infecção por vírus influenza, o uso de salicilatos é contraindicado para pessoas menores de 18 anos de idade, devido ao risco de desenvolvimento da Síndrome de Reye – doença potencialmente fatal que causa danos, muitas vezes irreversíveis, tais como esteatose e insuficiência hepática, encefalopatia com edema cerebral e hipertensão intracraniana.

Uma das medidas para alertar a população sobre esses riscos da automedicação envolvendo medicamentos para o alívio dos sintomas de gripe foi a publicação da RDC Nº 43, de 13 de agosto de 2009, que dispõe sobre a suspensão temporária das propagandas de medicamentos isentos de prescrição médica à base de ácido acetilsalicílico bem como os analgésicos/antitérmicos e dos destinados ao alívio dos sintomas da gripe.

Cotidianamente, os profissionais de saúde devem assumir postura proativa na orientação sobre esses riscos e na construção de comportamentos de autocuidado que de fato preservem a saúde individual e coletiva e não exponham as pessoas aos riscos da automedicação.