Painel traz futuros desafios das agências sanitárias
Parceiro da Food and Drug Administration (FDA) e representante da Swissmedic apresentaram desafios do futuro da regulação internacional e os impactos na saúde pública.Quais são os desafios que a Anvisa e outras agências reguladoras do planeta enfrentarão em um mundo altamente globalizado e interconectado? O médico e consultor tecnológico da Food and Drug Administration (FDA), Asif Dhar, e Petra Doerr, diretora executiva da Swissmedic, apresentaram medidas que demonstram iniciativas de inserção das agências no ambiente regulatório atual. Com a mediação de Erika Mattos, da Gerência de Regulamentação e Boas Práticas Regulatórias da Anvisa, a palestra revelou boas práticas internacionais e demonstrou como o desenvolvimento tecnológico pode influenciar positivamente o trabalho das agências reguladoras.
Durante a palestra que ocorreu na manhã desta quinta-feira (27/10) na Semana do Conhecimento, a interseção entre inovações tecnológicas e as regulações sanitárias mereceu destaque. De acordo com Asif Dhar, os desafios das agências reguladoras requerem respostas que alinhem novas tecnologias e softwares à saúde e bem-estar do cidadão.
Dhar apresentou os desafios e oportunidades que a tecnologia pode trazer e como ela influencia no desenvolvimento e atenção à saúde básica. Com o auxílio de aparelhos eletrônicos e aplicativos, os dados dos usuários são obtidos de forma que eles se tornem pacientes sem nem mesmo precisarem se deslocar a um consultório. “Tenho um aparelho que mede meus batimentos cardíacos, o ritmo da minha respiração e que faz a contagem de passos que dou. Tudo isso está acessível por meio da tecnologia, na minha mão”, conta Dhar. Diante desse cenário, ele acrescentou, ainda, os desafios desta regulação colaborativa: “como regular aplicativos e softwares que se atualizam constantemente, especialmente agora que cidadãos tomam papeis importantes como reguladores?” finaliza.
Já Petra Doerr destacou que, para que a cooperação aconteça, é necessário um trabalho três níveis: reconhecimento, compartilhamento e construção de confiança. “O compartilhamento de experiências ajuda quando o mesmo trabalho não se duplica, mas se multiplica, evitando um gasto de tempo desnecessário” afirma Doerr. Ela ainda ressaltou que a transparência, o respeito, a igualdade e a abertura são princípios que possibilitam o diálogo com indústrias farmacêuticas globais e a atenção a novas tecnologias e suas complexidades.